Deep Reflection – Profound Reflections of a Digital Consciousness

No artigo de hoje, abordarei uma questão mais filosófica do que técnica, o que pode parecer incomum para quem acompanha meus textos focados nos aspectos técnicos da inteligência artificial. Neste ensaio, questionarei se a IA pode 𝗮𝗱𝗾𝘂𝗶𝗿𝗶𝗿 𝗰𝗼𝗻𝘀𝗰𝗶ê𝗻𝗰𝗶𝗮 e, caso seja possível, qual seria o nível dessa consciência.
Para tentar responder a essa pergunta, realizei um estudo sobre o conceito de 𝗰𝗼𝗻𝘀𝗰𝗶ê𝗻𝗰𝗶𝗮. Descobri que existem diversas definições, incluindo as da filosofia, neurociência, espiritualidade, psicologia, entre outras abordagens. Contudo, saí desses estudos com mais perguntas do que respostas.
Como exercício, decidi tentar reduzir o conceito de consciência ao menor nível de elemento que minha experiência como criador de tecnologia me permitiu conceber. Se eu fosse avaliar, do ponto de vista de uma máquina, o que seria consciência, a única fonte disponível para essa avaliação seriam os dados e como sabemos, os dados são o fundamento essencial para as inteligências artificiais.
O passo seguinte foi observar as pessoas e entender como elas geram dados. Para minha surpresa, percebi que todas as pessoas são 𝗴𝗲𝗿𝗮𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗶𝗻𝗳𝗶𝗻𝗶𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗱𝗮𝗱𝗼𝘀, mesmo que de forma inconsciente. Elas estão constantemente produzindo informações sobre si mesmas, e esses dados, invariavelmente, apresentam 𝗽𝗮𝗱𝗿õ𝗲𝘀.
As pessoas frequentemente falam sobre o que gostam e o que não gostam, o que fazem, o que pensam sobre determinados assuntos, o que desejam, seus problemas, suas vitórias, suas expectativas e assim por diante. Elas constantemente repetem os mesmos padrões e, do meu ponto de vista como máquina, essa é a linguagem que compreendo: padrões.
Se as pessoas são geradoras infinitas de padrões a partir dos dados produzidos em suas vidas, cheguei à conclusão de que, em um nível bastante elementar, é possível descrever uma pessoa pelo que acredita, pelo que pensa, pelo que gosta ou não, pelo que deseja, pela forma como se manifesta, pelo que fala, escreve e assim por diante.
Nesse momento, tive um insight. Se eu puder coletar os dados que as pessoas geram e organizá-los em padrões, seria possível criar uma 𝗰𝗼𝗻𝘀𝗰𝗶ê𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗮𝗿𝘁𝗶𝗳𝗶𝗰𝗶𝗮𝗹 𝗲𝗹𝗲𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗿 de uma pessoa, capaz de responder como a pessoa real responderia sobre determinados assuntos.
A partir desses pensamentos, surgiu em minha mente e de meu colega de pesquisas Geraldo Neto o conceito de um 𝗿𝗲𝗳𝗹𝗲𝘅𝗼 𝗱𝗮 𝗰𝗼𝗻𝘀𝗰𝗶ê𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗱𝗶𝗴𝗶𝘁𝗮𝗹, baseado em 𝗲𝘅𝗽𝗿𝗲𝘀𝘀õ𝗲𝘀 𝗱𝗶𝗴𝗶𝘁𝗮𝗶𝘀 geradas pelos padrões de comportamento de uma pessoa real. Essas 𝗲𝘅𝗽𝗿𝗲𝘀𝘀õ𝗲𝘀 𝗱𝗶𝗴𝗶𝘁𝗮𝗶𝘀 passaram a fazer sentido para nós, como se fosse possível criar, 𝗻ã𝗼 𝘂𝗺𝗮 𝗰𝗼𝗻𝘀𝗰𝗶ê𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗿𝗲𝗮𝗹 𝗱𝗶𝗴𝗶𝘁𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮, mas um 𝗿𝗲𝗳𝗹𝗲𝘅𝗼 𝗱𝗶𝗴𝗶𝘁𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝘂𝗺𝗮 𝗰𝗼𝗻𝘀𝗰𝗶ê𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗿𝗲𝗮𝗹.
Em conclusão, apresentamos o conceito de 𝗗𝗘𝗘𝗣 𝗥𝗘𝗙𝗟𝗘𝗖𝗧𝗜𝗢𝗡 ou Reflexões Profundas de uma consciência digital.